segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

3ª Parte: EU SANTIFICO MEU ESPÍRITO


“Mas o alimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o
bem como o mal”
Hebreus 5:14


O ESPÍRITO SANTO EM NOSSAS VIDAS

A) NOS DA NOVA VIDA
Fomos ressuscitados espiritualmente. Antes estávamos mortos, éramos seres pecadores, afastados de Deus e destituídos da Glória de Deus. Agora podemos viver eternamente com Deus, pois os nossos espíritos foram regenerados. Esse é o milagre da Nova Vida em Cristo! O milagre do novo nascimento! (Efésios 2:1-2).
* Ele nos tornou seu templo vivo. Agora temos presença do próprio Deus em nós, o Espírito de Deus fazendo sua habitação (morada) em nós (1ª Pedro 2:5).
* O nosso espírito deve ser alimentado constantemente como uma criança recém nascida, precisa alimento para crescer e se fortalecer. (1ª Pedro 2:2)

B)NOS GUÍA A TODA VERDADE E A TODA JUSTIÇA (DISCERNIMENTO)

O discernimento é uma faculdade que se manifesta em nós como fruto da presença do Espírito Santo. É a capacidade de distinguir, separar e examinar, com a finalidade de realizar um julgamento, tomar uma decisão ou fazer alguma coisa.

O que não é:
- Um julgamento apresado de pessoas
- Uma impressão baseada em experiências anteriores não resolvidas

O discernimento virá como fruto do conhecimento e aplicação na nossa vida dos princípios bíblicos. Quanto mais princípios haja em nossa mente, mais parâmetros haverá em nossa vida para discernir o bem do mal. (Hebreus 5:14)


Quanto mais prática e aplicação dos princípios, mais maturidade, e como conseqüência mais exercício.

Precisamos o discernimento para discernir:

* O valor das pessoas (Gálatas 6:1)
O homem olha o que está diante dos seus olhos, ele não consegue ver o que Deus vê. Somente Deus pode dar ao homem a capacidade de ver a outra pessoa como Ele a vê. Deus sonda os corações, e conhece o mais profundo de cada ser. O discernimento de Deus para distinguir o valor das pessoas é fruto da santificação e de buscar a Vontade de Deus nos nossos relacionamentos diários.

* Os espíritos (1ª João 4:1)
Somente a presença do Espírito Santo em nós dará testemunho se um espírito é de Deus ou não é. Esta capacidade dada por Deus, ajudará o crente a distinguir se aquele que fala em línguas é guiado pelo Espírito ou por falsos espíritos. Também, será o Espírito Santo que ajudará o crente a discernir de qual espírito se trata na hora de ministração de libertação.

* As circunstâncias (2ª Coríntios 4:18)
Quando somos guiados pelo Espírito, podemos olhar por cima das circunstâncias. Não andar por vista, pelo terreno, mas olhar como Deus está olhando para aquilo que está nos acontecendo. Em meio às circunstâncias difíceis da vida, devemos pedir a Deus discernimento para compreender seus propósitos e andar na Sua perfeita Vontade.

* A guerra espiritual (Efésios 6:12)
Somente um ser espiritual compreenderia a tremenda batalha que se cerne ao nosso redor dia após dia. São os sentidos espirituais os que nos abrem a dimensão espiritual e nos levam a assumir uma posição de luta contra as hostes espirituais de maldade nas regiões celestes. O crente não pode enfrentar o dia a dia, sem a visão espiritual de tudo que lhe acontece, pois esta capacidade lhe foi dada no momento do seu novo nascimento.

* As verdades espirituais (1ª Coríntios 2: 14-15)
Como resultado desta nova vida espiritual, nossos sentidos e nossa razão são abertos para compreender as verdades de Deus que antes estavam vedadas para nós. Um homem carnal, não regenerado, não tem compreensão das verdades espirituais, e não somente não as compreende como também não consegue aplicá-las na sua vida. Uma nova dimensão espiritual se abre quando nos convertemos a Cristo e começamos a crescer e conhecer os princípios que irão reger a nossa vida.

C) NOS DA CONSCIÊNCIA DO PECADO

O Espírito Santo santifica a nossa consciência, Ele nos dá uma consciência boa e limpa. Nos torna sensíveis a aquelas coisas que agradam e desagradam a Deus.

A nova consciência nos leva a efetuar a Vontade de Deus em nossas vidas. Daí a importância de ouvir e obedecer a voz de Deus no nosso interior.

* O discernimento é a faculdade que nos ajuda no momento prévio as decisões. A consciência é a voz interior de Deus que aprova ou desaprova aquilo que já decidimos.

Antes de Cristo, como não temos vida espiritual, nossa consciência está adormecida, não temos a capacidade de conhecer o querer de Deus.

Os perigos para o crente:

* Cauterizar sua própria consciência
É quando calamos a voz interior do Espírito que nos redargüi ao momento de pecar. Este exercício de calar a voz do Espírito traz como resultado uma consciência cauterizada, surda, incapaz de ouvir o alerta de brecha aberta em nossa vida.

* Auto-enganar sua própria consciência
É quando com argumentos e justificativas começamos a manipular a nossa consciência interior, tentando nos autoconvencer que estamos certos. Não querendo assumir o pecado que o Espírito acusa em nosso interior, argumentamos até que sentimos que os argumentos são legítimos e podemos continuar nossas vidas sem a incomodidade da voz do Espírito Santo nos alertando.

Quando santifico meu espírito?

Deus nos chama a santificação, e santificar nosso espírito significa exercitar os sentidos espirituais. Esta prática virá através do estudo e meditação da Palavra, da busca de Deus em oração diariamente e do louvor na nossa vida devocional.

Em Efésios 5: 18, Paulo nos exorta a “encher-nos do Espírito Santo” de Deus, fazendo a comparação do efeito desse enchimento, com os efeitos que o vinho produz nas nossas vidas. Ele ainda explica que no vinho há dissolução, ou seja, o efeito é temporário, mas a presença total do Espírito Santo em nossas vidas é permanente e produz frutos de justiça.

Se não quisermos ser mais imaturos espiritualmente, devemos exercitar os sentidos espirituais, e para isto, devemos crescer no conhecimento da Palavra de Deus dia após dia. Não existe maturidade sem exercício, por tanto, se não há santificação, não há crescimento.

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.
João 4:24

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